Operación Carlota, 34 años después

Arribo de los primeras tropas cubanas a Angola como parte de la Operación Carlota. Imagen tomada de un video.

Arribo de los primeros cubanos a Angola como parte de la Operación Carlota. Imagen tomada de un video.

Hoy, 8 de noviembre, se cumplen exactamente 34 años del arribo a Luanda de dos aviones Britannia con 164 miembros de las Tropas Especiales del MININT, dando inicio a la Operación Carlota. La avanzada de las fuerzas cubanas a Angola llegó sobre las 10 de la noche, en un momento crítico para el MPLA: por el norte, en Cabinda, el FLEC y los zairenses habían lanzado la invasión; en Quinfandongo el FLNA y los zairenses iniciaban un nuevo asalto; por el sur la invasión sudafricana -formalmente denominada Operación Savannah- avanzaba hacia Benguela y Lobito.

Los cubanos iban vestidos de civil, con pasaportes regulares bajo sus verdaderos nombres y maletines de negocio en los que transportaban armas.  En la crónica más conocida sobre la Operación Carlota, Gabriel García Márquez relata que los aviones cubrieron la ruta Barbados-Guinea Bissau-Brazzaville-Luanda. En la escala de cinco horas en Guinea, dice, los cubanos aprovecharon para dormir «y ese fue el sueño más espantoso del viaje, pues en las bodegas del aeropuerto había tantos mosquitos que las sábanas de los catres quedaron ensangrentadas».

El 5 de noviembre Fidel Castro había tomado la decisión de enviar una gran fuerza militar cubana a Angola. Comenzó de inmediato el reclutamiento masivo en la isla, en un ambiente descrito por numerosas cronistas como de entusiasmo. En cuatro meses, el número de tropas cubanas en Angola llegó a 25 mil.

¿Cómo recuerdan ustedes el reclutamiento y el ambiente popular por aquellos días? ¿Es cierto que inicialmente se reclutaron fundamentalmente cubanos negros, con el fin de que no se distinguieran de los angolanos?

7 respuestas

  1. A OPERAÇÃO CARLOTA,éstá para mim registado na história dos homens como o único acto militar em que um país subdesenvolvido traspõe o atlãntico a mais de 14.000 km da sua retaguarda para travar e vencer uma guerra contra a superpotencia imperialista esse País é o povo irmão de Cuba,para o qual nós os angolanos e todos os povos do mundo que se queiram respeitados, devemos olhar esse gesto sempre com um sentido de ermandade,respeito e admiração. O resto é subjectivo,é conversa.De Angola,LUIS FILIPE CARDOSO-lwipy@hotmail.com

  2. OPERAÇÃO CARLOTA!

    A Operação Carlota foi um heróico episódio que seguiu o caminho iniciado por Che Guevara, quando a 2 de Janeiro de 1965 se encontrou em Brazzaville com Agostinho Neto, com a ideia de reforçar o movimento de libertação em África.

    A partir daí Cuba e Angola forjaram uma amizade com a dignidade própria dos oprimidos que alcançaram a liberdade com enormes sacrifícios e sangue, o resgate da escravatura, do colonialismo e do «apartheid».

    Foi um parto tremendamente difícil!

    Pela primeira vez na África ao sul do Sahara se estabeleceu uma fronteira: para trás estava a morte, o subdesenvolvimento, a opressão, para a frente estava pela primeira vez a possibilidade da construção dum mundo melhor!

    Há ainda tanto por realizar, mas a Operação Carlota tem hoje continuidade: médicos e professores cubanos mantêm aberta a saga que vem do passado e ao honrar a vida em benefício do povo angolano, são como os combatentes merecedores de nossa admiração, de nosso respeito e de nossa profunda gratidão!

    Cuba é para todos os angolanos conscientes de sua história, sua pátria também!

    Inclino-me humilde e grato perante todos aqueles que caíram em Angola, perante todos aqueles que passaram tantos sacrifícios, para o pouco que foi possível realizar, mas que nada tem mais a ver com o passado de trevas que o colonialismo trouxera para África!

    Martinho Júnior

    Luanda

  3. Trinta e quatro anos depois, já não basta a possibilidade de sobrevivência

    Aos trinta e quatro anos de independência, o país deveria oferecer já uma vida diferente aos seus filhos. Mesmo que tenhamos de lembrar a guerra, já se passaram quase oito anos de vida em paz. Os mais graves males de que padece esta Angola de 34 anos estão obviamente ligados à guerra mas não só.

    A guerra contribuiu imenso para o grande palco das injustiças sociais em que o país se transformou mas, ainda assim, começa a ser hora de encararmos com frontalidade e coragem os outros factores que também foram responsáveis pelo actual estado de coisas. Somado o argumento da herança colonial e o dos efeitos da guerra, temos que assumir que ainda nos resta parte da responsabilidade para o estilo de governação que, ao longo dos tempos, criou zonas cinzentas de promiscuidade e práticas discricionárias de gestão.

    Esquecida a guerra e a herança colonial, um olhar honesto para o país não pode deixar de ver a corrupção, profusamente instalada como uma incontornável marca dos nossos tempos. Vemos igualmente a fraca administração pública e gestão dos bens públicos submissos aos caprichos individuais ligados aos colarinhos brancos. Não há nada na nossa administração que não seja alterável com uma boa cunha, com um bom-nome ou com uma boa orientação superior. Mesmo as leis são contornáveis e enfraquecidas dependendo de quem as aplique ou as use, revelando toda a fraqueza deste nosso Estado.

    O mesmo se aplica a valores. Os valores como a honestidade, a defesa do bem público ou o tratamento do bem no serviço público são habitualmente objecto de punição, despromoção ou alvo de tratamento jocoso. O mérito profissional é algo que nada vale. Muitos dos quadros que, com mérito, ocupam lugares e funções de responsabilidade tiveram de passar pela vergonha de ceder ao status quo ou, também exemplos desses, tornaram a sua capacidade técnica tão óbvia que só muita cara de pau os deixaria de fora.

    Esta nossa sociedade angolana de 34 anos está profundamente marcada por estes hábitos e vícios de gestão. A sociedade está toda corroída desses males e eles são, ao mesmo tempo, os grandes entraves do sucesso individual. Qualquer indivíduo da minha geração, a caminho dos cinquenta anos, que é, assumidamente, uma geração da independência, não tem hipótese de atingir o sucesso individual se não se curvar à corrupção, às regras estabelecidas ou ao carreirismo político vigente.

    A geração que se segue, abaixo dos quarenta anos, tem menos oportunidades ainda e o caminho da porta da cozinha é uma boa saída para o futuro. Por isso, a minha geração ainda sofre com cada momento que tem de dobrar a coluna, mas os mais novos não se mostram nada constrangidos. A quebra de valores morais está a subverter a imagem do angolano. De trabalhadores, corajosos e persistentes, hoje raramente vemos esses atributos serem associados aos angolanos.

    Podemos até argumentar com os efeitos da guerra ou do 27 de Maio, mas hoje raramente somos vistos como corajosos. A definição como «povo heróico e generoso», que era uma virtude afirmar, hoje é um motivo de chacota quase para significar falta de coragem e burrice. É um insulto à nossa história de luta, mas ninguém se importa com isso.

    Aos poucos a minha geração sucumbiu aos apelos financeiros e desistiu de lutar contra o que lhe é superior. Alguns de nós, lentos a compreender os fenómenos, atrasaram-se e ainda têm a utopia de lutar contra a corrente. Mera utopia. Vão acabar todos, como nós próprios, com uma legenda na lista: «Estou à venda. Preciso da alimentar a minha família».

    A velha geração que ainda governa o país tem sido incapaz de reconhecer a sua falência completa na moralização da sociedade. Sem essa moralização as hipóteses de igualdade são mínimas já que o mérito individual, as competências profissionais e até a visão inovadora ficam subordinadas ao subjectivismo da aprovação política. O reconhecimento do fracasso neste ponto não iria retirar-lhe o mérito histórico de ter combatido pela independência e de ter dado a paz aos angolanos.

    Ismael Mateus

    Continuar a ler aqui:
    http://www.kandandoangola.com/

  4. Trinta e quatro anos depois, já não basta a possibilidade de sobrevivência

    Aos trinta e quatro anos de independência, o país deveria oferecer já uma vida diferente aos seus filhos. Mesmo que tenhamos de lembrar a guerra, já se passaram quase oito anos de vida em paz. Os mais graves males de que padece esta Angola de 34 anos estão obviamente ligados à guerra mas não só.

    A guerra contribuiu imenso para o grande palco das injustiças sociais em que o país se transformou mas, ainda assim, começa a ser hora de encararmos com frontalidade e coragem os outros factores que também foram responsáveis pelo actual estado de coisas. Somado o argumento da herança colonial e o dos efeitos da guerra, temos que assumir que ainda nos resta parte da responsabilidade para o estilo de governação que, ao longo dos tempos, criou zonas cinzentas de promiscuidade e práticas discricionárias de gestão.

    Esquecida a guerra e a herança colonial, um olhar honesto para o país não pode deixar de ver a corrupção, profusamente instalada como uma incontornável marca dos nossos tempos. Vemos igualmente a fraca administração pública e gestão dos bens públicos submissos aos caprichos individuais ligados aos colarinhos brancos. Não há nada na nossa administração que não seja alterável com uma boa cunha, com um bom-nome ou com uma boa orientação superior. Mesmo as leis são contornáveis e enfraquecidas dependendo de quem as aplique ou as use, revelando toda a fraqueza deste nosso Estado.

    O mesmo se aplica a valores. Os valores como a honestidade, a defesa do bem público ou o tratamento do bem no serviço público são habitualmente objecto de punição, despromoção ou alvo de tratamento jocoso. O mérito profissional é algo que nada vale. Muitos dos quadros que, com mérito, ocupam lugares e funções de responsabilidade tiveram de passar pela vergonha de ceder ao status quo ou, também exemplos desses, tornaram a sua capacidade técnica tão óbvia que só muita cara de pau os deixaria de fora.

    Esta nossa sociedade angolana de 34 anos está profundamente marcada por estes hábitos e vícios de gestão. A sociedade está toda corroída desses males e eles são, ao mesmo tempo, os grandes entraves do sucesso individual. Qualquer indivíduo da minha geração, a caminho dos cinquenta anos, que é, assumidamente, uma geração da independência, não tem hipótese de atingir o sucesso individual se não se curvar à corrupção, às regras estabelecidas ou ao carreirismo político vigente.

    A geração que se segue, abaixo dos quarenta anos, tem menos oportunidades ainda e o caminho da porta da cozinha é uma boa saída para o futuro. Por isso, a minha geração ainda sofre com cada momento que tem de dobrar a coluna, mas os mais novos não se mostram nada constrangidos. A quebra de valores morais está a subverter a imagem do angolano. De trabalhadores, corajosos e persistentes, hoje raramente vemos esses atributos serem associados aos angolanos.

    Podemos até argumentar com os efeitos da guerra ou do 27 de Maio, mas hoje raramente somos vistos como corajosos. A definição como «povo heróico e generoso», que era uma virtude afirmar, hoje é um motivo de chacota quase para significar falta de coragem e burrice. É um insulto à nossa história de luta, mas ninguém se importa com isso.

    Aos poucos a minha geração sucumbiu aos apelos financeiros e desistiu de lutar contra o que lhe é superior. Alguns de nós, lentos a compreender os fenómenos, atrasaram-se e ainda têm a utopia de lutar contra a corrente. Mera utopia. Vão acabar todos, como nós próprios, com uma legenda na lista: «Estou à venda. Preciso da alimentar a minha família».

    Continuar a ler, aqui:
    http://www.kandandoangola.com/

  5. Al que se negaba ir a Angola normalmente lo mandaban a la EJT y muchas veces lo sometían a un acto de humillación pública tratándolo como un cobarde y maricón.

  6. Solo recuerdo que al que reclutaban y se negaba, lo ponían en una lista negra y si era profesional no lo dejaban salir más a misión

  7. […] (LUG)-Hoy, 8 de noviembre, se cumplen exactamente 34 años del arribo a Luanda de dos aviones Britannia con 164 miembros de las Tropas Especiales del MININT, dando inicio a la Operación Carlota. La avanzada de las fuerzas cubanas a Angola llegó sobre las 10 de la noche, en un momento crítico para el MPLA: por el norte, en Cabinda, el FLEC y los zairenses habían lanzado la invasión; en Quinfandongo el FLNA y los zairenses iniciaban un nuevo asalto; por el sur la invasión sudafricana -formalmente denominada Operación Savannah- avanzaba hacia Benguela y Lobito. (Más…) […]

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